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Palestrante Dill Casella

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MAPA NÃO É TERRITÓRIO



Você vai a uma festa badaladíssima! Convidados que estão na mídia, Buffet de primeira, local super conceituado, enfim, tudo muito pomposo...Você está adorando tudo, vislumbrado!


Lá, encontra o Gilson que trabalha com você! Um não sabia que o outro havia sido convidado! Vocês se abraçam, trocam algumas palavras, percepções sobre o evento, sobre o figurino de algumas moças, o tempero dos canapés, a marca de whisky, a lei seca e acabam sendo dispersados por uma conversa aqui e acolá com outras pessoas. Distanciam-se...


No palco da festa, uma das mais conceituadas cantoras do cenário moderno, esbanja todo seu talento e técnica em performance arrasadora! Na primeira mesa, uma senhora muito bem maquiada, vestindo um autêntico Versace, balança sua cabeça, negativamente, a cada nota suavemente emitida pelas preciosas cordas vocais da cantora. O gesto da senhora passa a incomodar a cantora, trazendo tensão e até influenciando sua doce interpretação...


Ao final do show, já no camarim, a cantora ainda intrigada com os motivos da atitude daquela senhora, percebe alguém batendo á porta. Ao abri-la, leva enorme susto ao reconhecer a responsável por sua indignação. A senhora, visivelmente tomada pela emoção, balançando a cabeça negativamente, diz: “Eu nunca, nunca vi ninguém cantar como você...”. Pois é, o “balançar negativo” tinha o sentido de admiração, vislumbramento, encantamento, principalmente em não acreditar que tal cantora pudesse atingir as notas mais impossíveis em sua performance...E a percepção da cantora tinha sido exatamente o oposto...


Na manhã seguinte da big festa, na empresa, o João, que trabalha com você, encosta na sua mesa e solta a seguinte frase: “Então, a festa de ontem foi um fracasso...”. Indignado e ainda sob o efeito da magia do evento da noite anterior, você questiona o que João acabara de falar. E ainda ouve:


“O Gilson, que me falou que você também estava lá, achou tudo horrível, de péssimo gosto...”


Nas duas situações (a festa e a cantora), está explícito uma das maiores experiências subjetivas da Programação Neurolinguistica, ou seja, de que “mapa não é território”!! Os mapas do Gilson e o seu, o da senhora e o da cantora apontavam realidades completamente diferentes...


Nossas percepções e perspectivas nos permitem fazer comparações entre informações arquivadas e novas. Isso é o nosso mapa!! São meios metafóricos que nos permitem entender e agir sobre a informação e os dados percebidos de fontes exteriores!


O mapa pode representar o território somente se tiverem estruturas semelhantes. A precipitação na interpretação de nossos mapas pode nos levar a conclusões equivocadas e distorcidas...


Outro dia, ia a São Paulo com minha família pela Rodovia Fernão Dias e outro veículo estava “desesperado” para nos ultrapassar. Ele estava dirigindo de maneira agressiva, irresponsável e resolvi encostar para permitir sua ultrapassagem. Não me contive e falei comigo mesmo: “Palhaço...”. Minha filha de 3 anos, no banco de trás, explodiu em alegria, buscando no outro veículo onde estava o “palhaçinho do circo que havíamos visto na semana anterior”...


Mapa não é território mesmo


Fonte: Dill Casella

Dill Casella é autor do livro “Atitude e Altitude” pela Editora Vozes, de dezenas de artigos publicados em mídia impressa e digital e um dos palestrantes mais criativos e contratados atualmente no Brasil!


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